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21 de fev. de 2019

Biografia e obras de Heitor dos Prazeres



Nasceu em setembro de 1898 no Rio de Janeiro numa família muito simples, seu pai era músico e sua mãe costureira. Desde pequeno ouvia seu pai tocando clarinete e foi pegando gosto pela música. Seu pai morreu quando ele tinha 7 anos. Ele estudou e aprendeu o oficio de marceneiro mas a música era o que ele mais gostava.

Foi engraxate, jornaleiro, marceneiro e lustrador de móveis mas a música estava sempre presente na sua vida, agora não mais com o pai, mas com o tio Hilário e os amigos dele. Nessas rodas de samba teve contato com Sinhô, João da Baiana, Pixinguinha e Donga, entre outros. Tocava muito com essa turma na Praça Onze no RJ, local onde os artistas se encontravam, tocavam e, passavam o chapéu entre os presentes para que colocassem dinheiro.

Já rapaz, ele se destacava nos carnavais do RJ entre os bambas. Ele se vestia de baiana e saía tocando cavaquinho arrastando muitos foliões pelas ruas da Lapa. Depois começou a frequentar o Estácio, a Mangueira e a Praça Oswaldo Cruz fazendo com que mais pessoas e sambistas o conhecessem. Tornou-se grande amigo de Cartola. Começou a compor músicas que foram gravadas por grandes nomes da música brasileira.

Esse grupo iniciou o carnaval de rua e logo surgiram as primeiras escolas de samba do RJ: Deixa Falar, Vizinha Faladeira, Prazer da Moreninha e Sai como Pode, hoje, Portela. Ele participou também dos primeiros passos da escola de samba “Estação Primeira de Mangueira”. Sua popularidade crescia; Heitor vivia e amava muito. Em 1925 compôs “Deixaste meu lar” e “Estás farto de minha vida”, gravadas por Francisco Alves.

Casou-se com D. Glória e teve três filhas. Ela não gostava muito dessa vida boemia que Heitor levava. Com a morte dela em 1936, da paixão e tristeza de Heitor dos Prazeres surgiu uma nova maneira de se expressar artisticamente, a pintura. Aos poucos começou a fazer quadros a partir de poemas de Carlos Drumond de Andrade e músicas que ouvia de seu novo amigo – Noel Rosa.

Em 1937 começou a se projetar como pintor participando de exposições, sempre incentivado pelos amigos. Começava assim a dupla atividade de sambista e pintor. Heitor  cantava e tocava com Cartola, Dalva de Oliveira, Carmem Costa, Araci de Almeida, Francisco Alves, Herivelto Martins e Adoniram Barbosa e com esse grupo fez shows em várias capitais inclusive fora do Brasil, Buenos Aires e Montevidéu. Levavam dançarinas que eram chamadas de cabrochas.

Casou-se novamente e teve mais dois filhos. A cada novo envolvimento tinha mais um filho. Vivia na boemia, rodeado de mulheres e muita música. Nas horas vagas pintava sempre colocando as cabrochas dançando e rapazes tocando.

Heitor dos Prazeres participou da Primeira Bienal de Arte Moderna que aconteceu em São Paulo em 1951 e foi muito elogiado. Suas obras eram muito coloridas, alegres e representavam cenas de descontração. Teve seu trabalho reconhecido no Brasil e no exterior com obras presentes em várias exposições. Faleceu em 1966.











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